Neto sobre Nossos ambientes são reflexos de nós mesmos (42431)
Diálogo iniciado por Chico Neto no artigo Nossos ambientes são reflexos de nós mesmos
Rique, é animador conhecer os resultados positivos do Design Thinking aplicado à educação superior no Brasil. Notar a aplicação da metodologia na reconstrução dos espaços de aprendizado e seus efeitos traz a tona uma interrogação: porque os cursos de graduação orientados à Economia Criativa ainda guardam, majoritariamente, a anatomia secular orientada aos monólogos docentes? Um caminho a buscar é apresentar aos professores sugestões de ativdades interativas com redefinições imediatas e pontuais dos espaços sem demandar a mão-de-obra da construção civil como, felizmente, houve no Ibmec.
Caro Chico, tentando responder à sua questão, lembro que o negócio da educação está focado no verbo educar, que não é a mesma coisa que o verbo aprender. A pouca empatia (olhar pelos olhos do outro) é que resulta na manutenção do negócio sem mudanças significativas, desde que a operação esteja dando lucro.
Oi Rique,
Pois é, em sala de aula, tento substituir o paradigma do ensino pelo aprendizado coletivo. Mas volto a minha interrogação inicial: você conhece algum pesquisador, em nosso país, como proposições de ferramentas, técnicas, métodos e processos que explorem o HCD na educação superior? Lá fora, há muita coisa boa, principalmente, no ensino fundamental e médio. Mas você sabe de alguém, aqui, com pesquisa ou publicação explorando o tema de forma prática e efetivamente propositiva? Abração.
Chico, não posso me chamar de um educador que conhece o mercado de educação. Sou um designer que se adaptou à educação. Honestamente, não sei o que existe no Brasil na área de pesquisa educacional. Falha minha. Minhas oficinas são trocas de conhecimento e gosto de estar nelas. Faço por prazer. Nem gosto de chamar os ambientes coletivos de salas de aula, já que são oportunidades colaborativas de trocas.