Mariz sobre A cultura do improviso (45979)
Diálogo iniciado por Ana Sofia Mariz no artigo A cultura do improviso
Olá Fabio,
gostei muito do artigo. Isso me incomodava demais quando trabalhava no Rio e vc articulou bem seu ponto. Acrescentaria que o improviso faz parte de uma ampla cultura onde a falsa informalidade permeia as relações de trabalho e as fronteiras das qualidades e espaços pessoais e profissionais são diluídas. Atrasos, incompetências, irresponsabilidades podem ser atenuados pelo fato de "ser gente boa". Rigoroso e/ou exigente é "ser chato". Pontual "caxias" ou "muito certinho". Já "meio enrolado", faz parte das características normais e aceitáveis, "zoneado" tmb.
Mas isso não acontece só no Brasil não. Aliás esta é outra lenda achar q só prq algo se manifesta de maneira intensa no Brasil é exclusividade ou mais predominante q no resto do mundo. Ingenuidade ou tendência humanda a super valorizar o seu micro cosmos.
Verdade Ana. Aposto que acontece em outros lugares também, como mencionei no começo do texto: eu não quis supervalorizar o microcosmo, apenas me ative a ele para tornar a crítica mais contundente e verificada. Temos bons planejadores nos trópicos, taxados quase sempre da maneira que mencionou. É preciso criar modelos alternativos, e chamar pelo nome certo as coisas. Planejamento como regra e não como exceção. Precisa ser ensinado de maneira correta e contundente.