Marca gráfica: O signo visual como identificador de marca

Analisamos o que é uma marca gráfica e suas diferenças com o termo "logo". Descubra seus componentes e seu papel fundamental na identidade visual de empresas.

O que é uma marca gráfica?

No ambiente profissional do branding e do design gráfico, denomina-se «marca gráfica» o conjunto de elementos visuais que uma organização ou um produto utiliza para se identificar. Em outras palavras, marca gráfica é o ou os elementos com que uma marca assina suas mensagens, nomeia seus produtos, indica sua presença de marca, etc.

Qual é a diferença entre marca e marca gráfica?

No ambiente do marketing e do branding, utiliza-se a palavra «marca» como sinônimo de «organização» ou «produto», da mesma forma que se pode falar de «firma» para se referir a uma empresa. Trata-se de uma sinédoque em que se utiliza a parte (o nome comercial) para se referir ao todo (a organização ou o produto). O grau de consolidação deste conceito é tão forte que se estendeu inclusive a entidades não comerciais, como instituições, ONGs e até indivíduos. Por exemplo, pode-se dizer que Elon Musk é uma marca, independentemente de nada ser comercializado com seu nome.

Então, o termo «marca», que originalmente se referia apenas à denominação comercial de uma organização ou produto, e sua representação visual da marca, hoje é usado principalmente para se referir ao conceito de marca, ao posicionamento de marca e à imagem pública de uma organização ou produto. Já «marca gráfica» refere-se unicamente ao branding visual, aos signos gráficos que servem para identificar a organização ou o produto.

No artigo Marca e marca gráfica, Luciano Cassisi aprofunda ainda mais a diferença entre esses dois conceitos.

Quais elementos compõem um logo (marca gráfica)?

Um logo (ou marca gráfica) pode incluir até quatro elementos:

  1. O logotipo, que é a forma estável de escrever a denominação da marca. Em inglês, costuma ser chamado de «wordmark». Este elemento está presente em todas as novas marcas.
  2. O símbolo gráfico, também conhecido como isotipo. Por economia de linguagem, muitos profissionais falam de «símbolo», simplesmente, e «iso». Os símbolos gráficos são elementos não verbais, icônicos ou abstratos, com caráter e capacidade distintiva suficientes para identificar a marca de forma autônoma; ou seja, na ausência da denominação (o logotipo).
  3. O complemento ou acessório gráfico é um signo não verbal, mas sem autonomia identificadora. É um signo que precisa funcionar em combinação com o logotipo e, geralmente, ajuda a conferir a este um maior caráter marcário.
  4. O fundo gráfico, também conhecido por outros nomes, como «placa», «container», etc. Funciona da mesma forma que o complemento gráfico, mas com a particularidade de que «contém» o logotipo, adicionando-lhe algumas funcionalidades que este não possui quando aplicado diretamente sobre o suporte.

Embora existam outros elementos externos à marca gráfica que organizações e produtos podem utilizar para se identificar, como as chamadas «mascotes» e outras variantes, estes quatro são os elementos que compõem a maioria dos tipos de logos existentes.

O que uma marca gráfica pode e o que não pode fazer?

Há quem sustente que a função da marca gráfica seria «zelar pela marca para evitar que a concorrência tente se aproveitar dela (seja plagiando sua aparência, copiando o design ou as cores corporativas, replicando as formas…)». Isso é completamente falso, pois essa função só pode ser cumprida pela ação de registrar a denominação da marca (em conjunto com a marca gráfica ou logo) no órgão correspondente de cada país.

Diz-se também que «a marca gráfica concentra os valores, os atributos de marca e as características e objetivos de negócio em um design visual atraente». Isso também é falso, apesar de ser uma crença muito popular. As marcas gráficas não concentram valores nem atributos..., por si sós, mas sim em seu caráter de referentes de empresas ou produtos. São as empresas e os produtos que concentram valores, atributos, características... e seus logos apenas podem evocá-los, assim como a menção de seus nomes (ou marcas nominativas).

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