Fundamentos do Design

Do desenho ao projeto. Da arte à técnica. Do real ao imaginário. Da função à estética. Do preto ao branco. Esta obra oferece uma visão panorâmica sobre aprender e praticar design.

Luiz Claudio Gonçalves Gomes, autor AutorLuiz Claudio Gonçalves Gomes Seguidores: 46

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Em nosso cotidiano estamos cercados por imagens, máquinas, ferramentas, mobiliários e vários outros objetos que servem para as mais diferentes finalidades. Todas as coisas que conhecemos e que não são frutos da natureza foram projetadas pelo homem e esta é uma demanda que vem crescendo com o tempo.

Nem sempre existiram os artefatos, produtos e todos os bens materiais produzidos pela indústria, tal qual conhecemos nos dias atuais. Muito embora, vários dos produtos que conhecemos hoje sejam frutos de design, nem sempre foi assim.

Com a introdução da máquina a vapor foi possível investir em uma produção muito superior àquela até então realizada tradicionalmente por meios artesanais. Assim, a partir da Revolução Industrial várias tentativas foram realizadas para que fosse conciliado o trabalho do artista com o do artesão por meios industriais; ela também implementou nas sociedades europeias forte impulso na produção de bens e produtos com finalidades específicas. Somente em 1919 surge a Bauhaus, um marco na história do design. Essa escola sustentou normas e padrões sobre aquilo que hoje conhecemos como design. É possível afirmar que a profissão foi concebida dentro dela.

Com a modernização das sociedades movida por uma sucessão de progresso e avanços tecnológicos surgem demandas das mais variadas e a comunicação passa a ser imprescindível, com isso os meios de comunicação impressa se desenvolvem e um novo ramo do design emerge. É o design gráfico, servindo à comunicação visual e se adaptando às novas modalidades de impressão concomitantemente com o surgimento da fotografia, que se torna um novo e importante aliado.

Mas afinal o que é design? A pergunta é breve, mas a resposta requer um tempo maior para ser elaborada e ajustar-se a cada realidade e tempo, ou seja, em seu contexto social, conforme veremos ao longo desta obra. De qualquer forma, é possível antecipar uma resposta universal dizendo que o design é uma ideia projetada ou um plano para solucionar um determinado problema. O design corporifica essa ideia por meio da linguagem material e para tal, desenhos, modelos e projetos são utilizados para que a solução do problema se torne visualmente representada.

Entre as diferentes áreas do design destacamos como principais o design de produto, design gráfico, design de ambientes e design de moda. Advém destes o design de embalagem, de calçados, de móveis e de joias. Porém, é importante ressaltar que com a recente revolução causada pela indústria da informática surgiram novas modalidades como web design e design de games. Esse movimento fez também com que muitas outras atividades, incluindo a publicidade e o marketing, se apropriassem da expressão design devido à sua importância crescente. A prática do design tem passado por mudanças importantes, sobretudo provocadas pela informática e internet, com o surgimento de projetos digitais, home offices, portfólios on-line, a proliferação de trabalhos em série e de bancos de imagens. Diante desse cenário, o presente livro apresenta orientações práticas e importantes sobre os vários campos de atuação do designer e com isso pretende oferecer uma ampla visão da profissão.

Encontraremos nos últimos capítulos temas relacionados ao processo criativo do designer, noções de ergonomia aplicada ao projeto e um capítulo dedicado ao mundo das máquinas que permitirá estudantes e profissionais conhecer os processos produtivos utilizados para a fabricação de produtos de modo criativo e inovador juntamente com a transformação de diferentes materiais.

Por fim, o livro também traz uma reflexão sobre o design socialmente comprometido, pois entendemos que a qualidade de vida e um mínimo de conforto não estão a serviço da individualidade e tão pouco existe em meio à desarmonia. Devemos compreender que o bem-estar é um direito que devemos promover em nós, mas, sobretudo, enquanto projetistas, temos por base atender aos anseios de um coletivo.

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