Regras no design: limite ou ponto de partida?
As regras no design e branding: obstáculo ou trampolim para a criatividade? Descubra como usá-las a seu favor para gerar ideias inovadoras.

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«O próprio do saber não é ver nem demonstrar, mas interpretar».
Ao criar designs ou estratégias de marketing, a primeira reação pode ser romper com o estabelecido, visto como um obstáculo. Entretanto, entender as regras como um teto, e não como um chão, pode limitar a geração de novas ideias. Inclusive a partir das próprias regras.
No cenário profissional, observam-se três atitudes distintas em relação à geração de ideias:
- Quem não questiona nenhuma regra: as regras são dogmas inquestionáveis. O processo criativo obedece cegamente, limitando o profissional.
- Quem cria dentro dos limites do estabelecido: o briefing delimita a criação, mas há liberdade dentro dos parâmetros definidos.
- Quem não considera nenhuma regra: essa postura é adotada como norma, consciente ou inconscientemente.
As regras sempre têm exceções que as rompem — seja descumprindo-as, refutando-as ou modificando-as. Curiosamente, são essas exceções que nos fazem questionar as regras e nossos processos criativos. Muitas propostas seriam órfãs sem as regras e normas — e sem o seu posterior questionamento.
É preciso uma visão criativa ampla, com postura eclética, para entender a necessidade das normas — e também de rompê-las.
Isso ocorre na Ciência, que constantemente se reformula e rompe suas leis e convicções. Ocorre também com a Moral, cujas regras se modificam ao longo do tempo. Galileu e Darwin usaram o estabelecido como base para suas propostas — não como um muro.
A comunicação por meio do design, da publicidade ou do mercado exige uma visão ampla. O problema não são as regras, mas a falta de questionamento sobre elas. Toda verdade obedece ao acordo da maioria — até que se prove o contrário, até que se demonstrem as exceções.
As normas são fronteiras que enquadram momentos — às vezes milênios, outras vezes instantes.
Nos ofícios criativos, não se deve descartar as regras nem respeitá-las cegamente. Sem elas, não haveria limites a superar para gerar novas verdades — e para sustentar muitos alicerces do saber.
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