Áreas da comunicação: Estrutura e funções
Explore as áreas da comunicação a partir de uma perspectiva estratégica. Analisamos sua classificação, funções e aplicação no ambiente corporativo.
Nesta guia você encontrará:
Quais são as principais áreas da comunicação?
Mais do que uma lista de disciplinas estanques, as áreas da comunicação representam uma segmentação estratégica dos públicos e objetivos de uma organização. A divisão não é acadêmica, mas sim funcional, e responde à necessidade de gerenciar a complexidade das relações que uma entidade estabelece com seu ambiente. As áreas fundamentais, a partir de uma perspectiva corporativa, são a Comunicação Corporativa ou Institucional, a Comunicação Interna e a Comunicação de Marketing.
A Comunicação Corporativa é responsável pela gestão da reputação e da identidade global da organização perante públicos-chave como investidores, governo e sociedade. A Comunicação Interna foca no público mais crítico: a equipe humana, buscando alinhar, motivar e construir cultura. Finalmente, a Comunicação de Marketing se dirige ao mercado e aos consumidores, com o objetivo de impulsionar o negócio e construir o valor da marca em nível comercial. Essas áreas não operam em silos; sua integração é o pilar de uma estratégia de comunicação coerente e eficaz.
Como se classificam as áreas da comunicação?
A classificação das áreas da comunicação obedece a critérios analíticos que permitem ordenar sua função estratégica. Uma taxonomia útil as organiza segundo três eixos principais: o público, o objetivo e a função.
- Segundo o público: A distinção mais elementar é entre comunicação interna (dirigida a funcionários, diretores e acionistas) e externa (orientada a clientes, meios de comunicação, fornecedores, instituições e a sociedade em geral). Essa fronteira é cada vez mais porosa, já que as mensagens internas transcendem inevitavelmente para o exterior.
- Segundo o objetivo estratégico: Podemos distinguir entre a comunicação orientada à reputação (Comunicação Corporativa, gestão de crises), a comunicação focada na cultura organizacional (Comunicação Interna, employer branding) e a comunicação com fins comerciais (Publicidade, Relações Públicas de produto, Marketing de Conteúdo).
- Segundo a função na organização: Dividem-se em uma função estratégica, que define o posicionamento e o discurso central da entidade (papel do Dircom); uma função tática, que traduz essa estratégia em planos e campanhas para públicos específicos; e uma função operativa, que executa as ações e produz os materiais de comunicação.
Que funções têm as diferentes áreas da comunicação?
Cada área da comunicação desempenha um papel específico na construção e proteção dos ativos intangíveis de uma organização. Suas funções não são meramente instrumentais, mas contribuem diretamente para a estratégia de negócio.
- A Comunicação Corporativa ou Institucional tem como função principal gerenciar a percepção pública e a legitimidade da organização. Isso implica construir e manter a reputação, administrar as relações com os meios de comunicação em nível estratégico, gerenciar a comunicação de crise e assegurar a coerência do discurso corporativo. Sua métrica-chave é a confiança.
- A Comunicação Interna funciona como o sistema nervoso da organização. Seu papel é alinhar os colaboradores com a visão e os objetivos da empresa, fomentar uma cultura corporativa sólida e transformar os funcionários nos primeiros embaixadores da marca. Vai além de informar; seu objetivo é gerar engajamento (engagement) e coesão.
- A Comunicação de Marketing foca no mercado para impulsionar os objetivos comerciais. Sua função é criar e comunicar a proposta de valor de produtos e serviços, gerar demanda, construir lealdade nos clientes e posicionar a marca diante da concorrência. Utiliza ferramentas como a publicidade, as promoções e as relações públicas orientadas ao consumidor.
Como se organiza um departamento de comunicação por áreas?
A estrutura de um departamento de comunicação reflete a maturidade e a filosofia da própria organização. O modelo tradicional, baseado em silos funcionais (imprensa, publicidade, interna), demonstrou ser ineficaz em um ambiente midiático convergente. Os modelos contemporâneos priorizam a integração e a visão estratégica.
O modelo mais difundido e eficaz é o da Direção de Comunicação (Dircom) integrada. Sob esta figura, coordenam-se todas as áreas (Corporativa, Interna, Marketing, Digital, RP) para garantir uma mensagem única, coerente e multicanal. O Dircom não é um mero gestor de áreas, mas sim um estrategista que alinha a comunicação com os objetivos de negócio e se reporta diretamente à alta direção.
Em organizações mais ágeis, observam-se estruturas matriciais ou por projetos, onde equipes multidisciplinares são configuradas para abordar desafios específicos, como um lançamento de marca, uma campanha de sustentabilidade ou a gestão de uma crise. Essa abordagem quebra os silos e fomenta uma colaboração mais dinâmica entre especialistas de diferentes áreas.
Em que se diferenciam as áreas da comunicação?
As diferenças entre as áreas da comunicação residem em seu público prioritário, seus objetivos e suas métricas de sucesso, embora suas fronteiras sejam cada vez mais difusas e sua colaboração, indispensável.
A distinção-chave entre Comunicação Corporativa e Relações Públicas (RP) é de escopo. A primeira é uma função estratégica que gerencia a identidade e reputação global da empresa. As Relações Públicas são frequentemente uma ferramenta tática dentro da Comunicação Corporativa (ou de Marketing) para construir relações com públicos específicos, como a mídia ou os influenciadores.
Por outro lado, a Comunicação Interna se diferencia dos Recursos Humanos (RH) em sua abordagem. Enquanto o RH se ocupa da gestão do ciclo de vida do funcionário (contratação, treinamento, remuneração), a Comunicação Interna foca no fluxo de informação estratégica, na construção de cultura e no alinhamento da equipe com a visão da marca. São aliados estratégicos: o RH gerencia a pessoa, e a Comunicação Interna gerencia sua conexão com o projeto coletivo.
Finalmente, a diferença entre Comunicação de Marketing e Branding é de natureza. A comunicação de marketing é a expressão tática e persuasiva da marca para alcançar um objetivo comercial. O branding, por outro lado, é o processo estratégico e holístico de construir o significado, a identidade e o valor dessa marca na mente de todos os seus públicos, tanto internos quanto externos.
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